segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Pra Ela

À Minha Esposa

E aqui estou
de música no ouvido.
Acabei de voltar de um passeio na cidade.
Viajo na melodia
e não tenho desejo impuro
quando imagino o beijo matutino
dela-esposa, eu marido.

É o amor de novo.
Agora não como amei outrora,
mas sim como amei primeiro.
O renovo que me abraça
era o meu maior anseio.
Amor sem adornos,
sem prioridades devassas.
Genuino e sereno
como aos treze,
não adulterado e afoito
como aos dezoito.

Ainda que ansioso, às vezes,
eu espero
e sei que ela virá.
E quando vier emfim,
que ame mais a Deus que a enviou.
Pois O amando,
mais do que eu mereço,
amará a mim.
E o preço de tal alegria
jamais pagarei em humana existência.
Peço então ao "céu",
que também a ela me envia,
que a Toda Poderosa graça
de Quem nos ama,
em seu explendor
se faça refletida
na excelência do nosso amor.

Jefferson Lara do Nascimento


"Seja bendito o teu manancial,
e alegra-te com a mulher da tua mocidade,
corça de amores e gazela graciosa.
Saciem-te os seus seios em todo o tempo;
e embriaga-te sempre com as suas carícias."

Provérbios 5:18-19













sábado, 28 de maio de 2011

Maio - Mês da Família

Meu presente para a minha amiga secreta de oração:



           Baseado em Provébios 31.10-31


                                                                                   

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Rap e Repente

Musicando

Os versos repentinos
encima das dedilhadas de um "Severino"
ou a batida marcada
e a rima espontânea de um menino,
levam ao povo
sua própria vida.
Em trocadilhos
ou palavras despidas,
as saudades e a sagacidade
de um lavrador nordestino
ou a árdua realidade
e os desejos
de um suburbano office-boy paulistano.
Nas tristezas e alegrias
da súbita poesia,
fundem-se o velho e o novo,
entremeam-se paisagens e pensamentos.
No alto, um céu cinzento.
E um luar sertanejo
lhes desce sereno aos corações.
Dos lados, os edifícios imponentes.
Enquanto a favela
lhes atinge com contundência as mentes.
A devolução de suas procedências
por um trabalhador de lá
ou por um moleque daqui.
O amor e a dor,
dos sertões às vielas.
Suas inspirações e aspirações
de "repente" aos raps por aí.

Jefferson Lara do Nascimento

"Quando o Senhor restaurou a sorte de Sião, ficamos como quem sonha. 
Então, a nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua, de júbilo; então, entre as nações se dizia: Grandes coisas o Senhor tem feito por eles." Salmos 126:1,2

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Triunfo

Da Cruz à Coroa

O carinho vendido de um dos doze
foi o sinal
que O empurrou ao derradeiro e amargo caminho
.
Cambaleante,
atravessou a noite até o final.
Caindo, levantando-se.
Agüentando calado
cada açoite de um pecado meu.
Todo louvor era zombaria ao amanhecer.
E a gratidão, insulto dos seus.
O exaltar foi a crucificação para o "rei dos judeus".
Para a alegria enganada dos que vibraram
enquanto escorria o sangue inocente
de um corpo que levava a minha culpa.
Esvaía-se, definhava,
estava morto enfim.
Expirou e com Ele morri.

Porém, a história não acabara assim.
Morrer foi a consumação de um plano de vida.
Ele provou do fel desse mundo
para que, ao rasgar do véu,
eu desfrutasse da Sua doce presença
aqui e no céu vindouro.
Depositou na Sua morte
toda sorte de condenação que eu merecia.
Renunciou aos reinos da terra
para me coroar de salvação eterna.
Ressurgiu e com Ele ressuscitei.

O mal foi vencido
e eu me glorio na cruz,
que vazia prova a obediência de Jesus,
o nome sobremaneira exaltado.
Da parte do Pai, a maior expressão de amor.
O Filho enviado para que o homem,
de tal maneira amado,
tenha no Cristo ressurreto
seu único e suficiente Salvador.

       Jefferson Lara do Nascimento

Quanto amor!


Meu Pai

Pai eu não mereço
tamanho preço pago por Seu Filho.
Tão terno e tão puro
se fez pecado por me amar.
Pra livrar minh´alma da triste sorte que a aguardava
morreu minha morte.
Ressuscitou e converteu-me para a luz
quando para as trevas eu caminhava.
Ele venceu para que eu não perecesse.

Agora tenho nova e abundante vida,
conquistada por Cristo Jesus que,
sem que eu merecesse, escolheu me salvar.
Por isso Pai
Te agradeço.
Tão alto preço eu não poderia pagar.

      
Jefferson Lara do Nascimento

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Para a Páscoa

 Versão de música do Ron Kenoly que eu fiz, a pedido do regente do coral da minha igreja, para ser executada na Páscoa desse ano.

Yes Lord, I Believe (Sim Jesus, Eu Creio)

Jesus, sim eu creio em Ti
Jesus
Sei que estás aqui
Eu aclamo e exalto a Rocha
da minha salvação
Jesus
Sim, eu creio em Ti

Sei que a tumba está vazia
e meu coração está cheio
da glória e maravilha
do Seu nome
Creio no poder
que O levantou
e que agora vive em mim
Alegria transbordante em meu ser

Jesus, sim eu creio em Ti
Jesus
Sei que estás aqui
Eu aclamo e exalto a Rocha
da minha salvação
Jesus
Jesus, Jesus
Jesus, Jesus
Jesus, creio em Ti

Jesus
(repete com responso)

És minha canção
Tu és minha Rocha
És filho de Deus
Tu és o meu pão
Tu podes salvar
Tu podes curar
Princípio e Fim
Tens todo o poder
Tu reinas em mim
 
Eu aclamo e exalto a Rocha
da minha salvação

Jesus, Jesus
Jesus, Jesus
Jesus
Jesus, creio em Ti


(Paul Baloche e Ed Kerr - Versão: Jefferson Lara do Nascimento)

quarta-feira, 23 de março de 2011

Aspiração, inspiração

Falta

Enquanto ela não vinha
e o que se tinha eram rabiscos,
rascunhos e desenhos.
Eu a procurava
em lembranças de família,
naquela paixão,
“peladas” de fim de semana
ou em alguma canção da Legião Urbana.
Não percebia que,
embora parecesse oculta,
sempre esteve presente.
Meses de inacabados poemas.
Desnuda e instigante poesia.
Assim como uma conversa,
às vezes,
se faz melhor muda.
A falta de assunto era o tema
e eu não via.

Jefferson Lara do Nascimento


quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Àqueles dias como hoje

Ensolarado

Vestido de azul
com um medalhão dourado,
o dia me chama pela janela.
A sombra,
de dentro, enciumada,
num último intento,
me quer do lado dela.
Mas ele, insistente e sedutor,
com uma réstia do seu colorido
me acaricia preciso por uma fresta.
Visto-me 
e isso parece provocá-lo.
E quando me tem finalmente
à sua disposição,
em sua ardente recepção,
quer logo me despir.
Pra não discutir
me jogo n`água
que me acolhe compreensiva.
Mas, para que não a dedique toda a sua passagem,
ele agora
com um sopro suave me afaga.
Sereno,
me mostra com detalhes
a beleza verde que por vezes ignoro.
Aproveito-me ainda da sua presença
enquanto corro.
Mas, num derradeiro aceno por detrás do morro,
despede-se, vai embora
e determina o fim do jogo.
Abraçado pela noite
volto para casa enfim.
Linda e insinuante,
com seu modelito preto cravejado de brilhantes,
ela diz ter planos para mim.

Jefferson Lara do Nascimento

"Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento as obras das suas mãos." Salmos 19:1